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Chefe de IA da Meta contraria Elon Musk e diz que IAs não devem alcançar inteligência humana jamais

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Imagem: GettyImages

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Postado em 11/04/2024 por Sistema Plug

Enquanto muitos especialistas fazem previsões um tanto assustadoras sobre o futuro da inteligência artificial, Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta e vencedor do prestigiado Prêmio Turing, tem um pensamento contrário ao assunto.

Durante evento realizado em Londres, ele chegou a comentar que a Inteligência Geral Artificial, também chamada de AGI e que supostamente tem capacidade para aprender capacidades humanas complexas, "não existe".

Chefe de IA da Meta não acredita em previsões

O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por muitas previsões de especialistas sobre a chegada da AGI. Jensen Huang, CEO da Nvidia, comentou que teríamos ela presente em nossas vidas em cinco anos.

Ben Goertzel, também conhecido como o "pai da AGI", aponta que isso deve acontecer em três anos. Elon Musk, que chegou a acusar a OpenAI de desenvolver uma AGI, disse que teremos isso até o final de 2025.

LeCun comentou que ainda há capacidades humanas que, por mais avançadas que as IAs estejam ficando, ainda não foram alcançadas. São elas: raciocínio, planejamento, memória persistente e compreensão do mundo físico.

O especialista também cita que as atividades que aprendemos são tão complexas que nem mesmo um bom modelo de linguagem com muitas informações é suficiente.

Yann LeCun não apaga o apoio que o Bard ChatGPT trazem: “Elas são úteis, não há dúvida sobre isso. Mas no caminho para a inteligência de nível humano, um modelo de linguagem é basicamente uma rampa de saída, uma distração, um beco sem saída".


Por que acreditamos tanto em uma IA?

O chefe de IA da Meta ressalta que sim, o tempo de aprendizagem de uma inteligência artificial é menor quando comparado ao de um humano. E talvez isso seja o principal motivo de que elas são superestimadas: "A maior parte do conhecimento é, na verdade, linguagem, então esses sistemas nunca poderão alcançar a inteligência de nível humano – a menos que você mude a arquitetura".

LeCun comenta que pode haver um futuro que as máquinas serão mais inteligentes que os humanos, mas isso não deve acontecer tão cedo: “Eventualmente, as máquinas superarão a inteligência humana... mas ainda vai demorar um pouco. Não está ao virar da esquina – e certamente não será no próximo ano, como disse o nosso amigo Elon".